Crónica de uma Morte Anunciada...
Não foi hoje que o Vitória, ao perder no Anadia, desceu!
Terá, provavelmente sido no primeira dia da época 2022/23 que tal começou a suceder, numa preparação de temporada que não teve o necessário para um escalão que precisa de trabalho de fundo. É verdade que a equipa A fez subir muitos dos jogadores que estavam na B, acabando estes por perder muita qualidade no grupo de trabalho. Apesar disso, não haveria tempo para corrigir o plantel?

Depois da indicação de Moreno como treinador da equipa principal, tudo pareceu entrar em parafuso. Apostou-se em Nuno Barbosa como treinador, sem curriculo, sem conhecimento de casa e de causa, numa opção incompreensível e nunca justificada. Com ele, seria formada uma equipa técnica de vimaranenses, sendo que Quim Berto foi despedido, mesmo, antes do treinador principal.
Este aguentou seis jogos, tendo vencido, apenas um. A derrota com o Fafe levá-lo-ia ao despedimento, fazendo-nos lembrar a teoria do elefante em cima da árvore: estava em cima dela (a treinar o Vitória), mas ninguém sabia como lá tinha ido parar (quais os critérios para o fazerem assumir um cargo da responsabilidade de dirigir a equipa B vitoriana).
Contudo, acabaria por partir.

Para o seu lugar foi escolhido Álvaro Madureira, também sem qualquer experiência no escalão. Apesar de estar a fazer um bom trabalho no Tirsense, nunca pareceu ter sido a aposta mais correcta, atendendo, igualmente ao seu histórico. Na verdade, cinco épocas no FC Foz, nos distritais do Porto, eram o seu trabalho mais longo, mas muito longe da competitividade de uma Liga 3 e bastante afastado da capacidade que o Vitória exige em qualquer escalão.

Se Barbosa não foi feliz, Madureira também não, beneficiando, apenas, de uma paciência muito superior de quem dirige os destinos do clube. Este, demorou doze jogos a vencer um desafio e que só somou o primeiro ponto ao sétimo jogo.
Em Janeiro era necessário dotar o plantel de outros meios. Tentou-se com o defesa central Dénis Martins e com o equatoriano Gustavo Nnachi. Se o primeiro ainda jogou os primeiros jogos, o segundo inseriu-se na órbita das escolhas dos treinadores: uma rotunda nulidade, que ninguém entendeu a razão de ser aposta.

Porém, terá havido um período em que se acreditou ser possível a salvação. Dois triunfos consecutivos pareceram ser o lastro necessário para uma fase de salvação em grande. Uma ilusão. Na fase de salvação, o Vitória foi incapaz de vencer um jogo, empatando, apenas, um desafio na primeira jornada.
Hoje, confirmou-se a descida ao Campeonato de Portugal…