Preto no Branco #30 "Já se pode (re)descobrir o caminho para o êxito?"
Preto no Branco
Publicado em 09/01/2023
PRETO NO BRANCO #30
I – Já se pode (re)descobrir o caminho para o êxito?
II – Desde aquela tarde chuvosa de Novembro, quando o Vitória recebeu o Marítimo, tentar comentar jogos da equipa de Moreno, passe o pleonasmo, é chover no molhado, atendendo à pobreza e à carência de soluções patenteadas.
III – Frente ao Rio Ave, o que vem sucedendo nessas partidas voltou a ocorrer. O Vitória foi incapaz de criar soluções para desmontar a defesa vilacondense, perdendo-se em lateralizações, em soluções previsíveis e pouca capacidade em penetrar no último reduto contrário.
IV – No seu tradicional esquema, mais uma vez se percebeu as dificuldades da equipa em explorar jogo interior.
A equipa de Moreno não conseguiu, de novo, aproveitar espaços entrelinhas, não conseguiu criar uma situação de desequilíbrio a partir do eixo do terreno, limitando-se a lateralizações e a cruzamentos em situação em que o último reduto contrário está bem posicionado para rechaçar essas investidas.
V – Porém, se na primeira parte, o guardião Jonathan ainda teve de se aplicar por uma ou duas vezes, a segunda metade cingir-se-ia a um remate por cima da barra de André Silva e a um lance a gerar dúvidas sobre André Amaro. O resto, em termos de qualidade, seria um zero...um rotundo zero!
VI – Não se pense que a equipa vitoriana não tentou. Nem sequer que tenha demonstrado parca atitude! Nada mais errado!
Parece-nos é que o modelo de jogo da equipa está completamente descodificado e apreendido pelos treinadores adversários, urgindo encontrar um plano B que vá mais além do que lançar jogadores para a liça esperando que, de modo iluminado, resolvam o que o colectivo tem sido incapaz.
VII – Por essa razão, o empate final a zero ter-se-á ajustado ao que se passou no relvado.
O quinto jogo oficial sem vencer com dois golos marcados, sendo que nos derradeiros sete a equipa, apenas, foi capaz de triunfar em um frente ao aflito Marítimo por um golo solitário com um remate do meio da rua. Pior do que isso, nesse período, a equipa apontou três golos e sofreu oito. Mas, ainda pior do que isso, denotou carências a nível de ideias e de fio de jogo para lá de preocupantes.
VIII – Segue-se o eterno rival em desafio para a Taça de Portugal, no reduto deste.
Uma partida sempre difícil, mas disputada num contexto diferente e onde Moreno, no início do campeonato, encontrou a fórmula capaz de lhe fazer somar a maioria do pecúlio pontual obtido até agora.
Veremos se será capaz de voltar a surpreender Artur Jorge...
Vasco André Rodrigues
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